O juiz Thales Nogueira Cavalcanti Venancio Braga, do Rio de Janeiro, negou nesta terça-feira (6) o pedido do vereador afastado de Mesquita, Sancler Nininho (Pros), para retornar ao cargo. O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Mesquita está afastado desde outubro do ano passado, por solicitação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), devido a investigações sobre um esquema suspeito de desvio de indenizações de funcionários demitidos.
Sancler Nininho é réu em um processo que envolve acusações de fraudes, falsificações, peculato, crimes licitatórios e desvio de dinheiro. O MPRJ já havia se manifestado contra o retorno do vereador à Câmara, pois há suspeitas de que ele tenha descumprido medidas cautelares e mantido contato com testemunhas do processo.
A procuradora Glícia Pessanha Carvalho mencionou em seu parecer que o Ministério Público tem recebido denúncias sobre a continuidade da influência de Sancler Nininho na Câmara de Vereadores, mesmo após o afastamento do cargo. Desde outubro, todas as votações na câmara têm ocorrido com um vereador a menos, enquanto o gabinete de Sancler permanece aberto e seus funcionários continuam recebendo salários.
Além de Sancler Nininho, outros três servidores da Câmara de Mesquita que ocupam cargos comissionados foram acusados pelo MPRJ e se tornaram réus, mas continuam exercendo suas funções. São eles: Carlos Henrique Silveira Silva, Thiago da Silva Rodrigues e Hevandro Araújo Menezes.
A Justiça solicitou informações à Câmara de Vereadores para verificar se esses servidores realmente estão trabalhando e por qual motivo. Caso a Câmara de Mesquita não responda dentro do prazo de cinco dias, poderá ser expedido um mandado de busca e apreensão.