O Tribunal de Justiça do Rio manteve a prisão temporária da empregada doméstica Isabella da Silva Oliveira, de 19 anos, presa no último domingo, por suspeita de ter assassinado o patrão Lilson Braga, de 66, em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. A decisão aconteceu durante audiência de custódia, realizada nesta quinta-feira, na Central de Custódias de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Segundo a polícia, Isabella foi ouvida duas vezes na Delegacia de Homicídios da Capital. Durante o último interrogatório, ocorrido pouco após ser presa no domingo, ela confessou ter feito o disparo que tirou a vida de Lilson e alegou que teria praticado o crime assassinado porque ele havia a violentado. Para os investigadores, no entanto, a motivação do homicídio teria ocorrido por razões financeiras.
Segundo a Polícia Civil, horas antes do crime, a doméstica usou o telefone da vítima para pesquisar tópicos como ” tiro no peito mata”, ” tiro na posição sentada” e ” treinando tiro”. Pouco depois, a emprega teria subido algumas escadas, e usando um revólver do patrão, disparou um tiro que atingiu o peito da vítima.
Isabella tinha confiança total do patrão. Ela contou que sabia da senha bancária do cartão usado pela vítima, já que costumava fazer saques bancários a pedido de Braga.
Após a morte de Lilson, a doméstica teria feito quatro saques com o cartão usado pelo patrão. Os valores retirados variaram entre R$ 1,5 mil e mil por cada saque.
Em seu depoimento, a jovem disse que conheceu o patrão por meio de um parente dela, e que aos 14 anos, passou a trabalhar para Lilson. A morte dele ocorreu no dia 29 de março. Ele estava dormindo quando a doméstica pegou um revólver que pertencia a própria vítima, subiu às escadas e o encontrou dormindo no quarto da casa onde morava, em Pedra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. Em seguida, fez um disparo que atingiu o peito de Braga. Segundo o depoimento da suspeita, ele teria despertado com o disparo, e mesmo ferido, a perseguiu. Já sem forças, ele caiu após descer até o primeiro pavimento do imóvel, morrendo próximo a uma cisterna.