Uma quadrilha estrangeira que estava envolvida na falsificação de certidões de nascimento de crianças brasileiras foi descoberta e detida.
Os membros dessa organização criminosa, recrutavam mulheres de comunidades desfavorecidas, cujos filhos não tinham um pai identificado nas certidões de nascimento, oferecendo dinheiro a elas para obter uma cópia ou segunda via da Declaração de Nascido Vivo (DNV) de seus próprios filhos.
Em seguida, eles faziam com que elas reconhecessem um estrangeiro como pai da criança, adicionando essa informação falsa na certidão de nascimento original.
Uma vez estabelecida essa paternidade fraudulenta com base na certidão falsa, os criminosos agendavam a emissão do passaporte para a criança africana, permitindo seu envio à Europa, e também solicitavam um registro de residência para o estrangeiro no Brasil, com base na relação com o bebê brasileiro.
Em muitos casos, essas certidões eram alteradas novamente, modificando-se o nome da criança ou do pai, ocorridos em registros duplicados de nascimento dos menores.
Ao perceber a natureza criminosa dessa atividade e invalidar todos os registros envolvidos, o juiz Alessandro Oliveira Felix, responsável pela Vara de Registros Públicos do Tribunal de Justiça do Rio encerrou essa prática ilícita que persistia há anos.
