O Tribunal Regional Federal da 4ª Região aceitou, nesta segunda-feira (19) novo pedido de remoção da juíza Gabriela Hardt, que estava lotada na 13ª Vara Federal de Curitiba. Ela deverá ocupar, já a partir desta segunda o cargo na Turma Recursal do Paraná.
Em seu lugar foram nomeados outros dois magistrados: Fábio Nunes de Martino, que atuará como juiz titular, e Murilo Scremin Czezacki, que será o juiz substituto.
Tanto o TRF-4, quanto a 13ª Vara Federal de Curitiba, passam por um processo de correção extraordinária do Conselho Nacional de Justiça, que busca analisar se há alguma irregularidade nos trabalhos judiciários prestados.
A correição foi determinada após o afastamento de Eduardo Appio, no fim de maio. Ele foi acusado de ameaçar o filho de um desembargador em uma ligação telefônica.
No entanto, laudo apresentado do CNJ apontou que decisão do TRF-4 se baseou em uma análise inconclusiva para afastar o juiz.
PEDIDO DE REMOÇÃO
Gabriela já tinha tentado sair da vara em outra oportunidade. Em maio, a juíza tinha se candidatado à remoção para jurisdição de Florianópolis (SC). Ela estava à frente da operação desde o 20 de maio.
No dia 14 de junho, Gabriela teve o pedido de remoção negado porque um juiz com mais anos de magistratura também se candidatou à vaga – o tempo de trabalho ao TRF-4 era critério de escolha.
Antes de substituir Appio, a juíza também foi substituta do ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil) durante processos da operação. Em 2019, ela condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do sítio de Atibaia. A decisão foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ela também foi acusada de plagiar no processo uma sentença do agora senador.