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RENÚNCIA COLETIVA: Demóstenes e mais dez advogados deixam defesa de Anderson Torres

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Onze advogados deixaram a defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, no processo em que ele responde no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele está preso desde 14 de janeiro, após os atos de vandalismo do dia 8 em Brasília.

Entre os advogados está o ex-senador Demóstenes Torres, que teve seu mandato cassado pelo Senado em 2012 por quebra de decoro parlamentar. Também pediram afastamento da defesa os advogados Vera Carla Nelson Cruz Silveira, Eustáquio Nunes Silveira, Alexandre César Osório Firmiano Ribeiro, Anamaria Reys Resende, Andressa De Vasconcelos Gomes, Diego Goiá Schmaltz, Fábio Felipe Mello, Pedro Ulisses Coelho Teixeira, Ricardo Venâncio e Thiago Santos Agelune.

A causa da saída não foi informada no documento pelos advogados ao ministro Alexandre de Moraes.

O único advogado que permanece no processo é Rodrigo Roca. Ele foi secretário Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça na gestão Anderson Torres e também já atuou como advogado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

PRISÃO PREVENTIVA

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu, na semana passada, manter a prisão preventiva de Anderson Torres. Isso ocorreu depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter se manifestado pedindo a manutenção da detenção.

Torres teve a prisão decretada por Moraes em razão de “indícios de omissão” nos atos criminosos de 8 de janeiro em Brasília, permanecendo detido até então no Batalhão da Polícia Militar do Guará, a 16 km da Esplanada dos Ministérios.

Na decisão, o magistrado ressaltou o entendimento, dizendo que “a omissão e conivência de diversas autoridades da área de segurança ficaram demonstradas”.

AUTORIZAÇÃO PARA FICAR EM SILÊNCIO

Em decisão nesta terça-feira (7), o ministro Alexandre de Moraes autorizou que Anderson Torres fique em silêncio durante depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal. O depoimento de Torres está marcado para a próxima quinta-feira (9).

Na decisão, Moraes salientou que Torres só vai à CPI se quiser porque a lei não permite “conduções coercitivas de investigados ou réus para interrogatórios/depoimentos”.



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