O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)descartou a lista tríplice para a escolha do próximo procurador-geral da República. Em setembro, termina o mandato de Augusto Aras a frente do Ministério Público Federal (MPF) e um novo nome deverá ser indicado pelo mandatário.
“Eu não penso mais em lista tríplice. Não penso mais. Esse não é mais o critério que eu pensava, porque quando eu vim para a Presidência eu trouxe a minha experiência do sindicato. Então tudo para mim era essa lista tríplice. Já está provado que nem sempre a lista tríplice resolve problema”, disse Lula nesta quinta-feira (2/3), em entrevista a Reinaldo Azevedo, na BandNews.
A lista tríplice é elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República, a partir de uma votação da classe. Dessa forma, o órgão encaminha os três nomes mais votados aos presidentes da República, do Supremo Tribunal Federal (STF), do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, além do próprio PGR e ao Conselho Superior do MPF.
Lula chegou a sugerir que a votação do PGR entre procuradores deveria acontecer em dois turnos, visto que a soma dos derrotados poderia ultrapassar a quantidade de votos do primeiro nome.
Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro (PL)pôs fim a uma tradição inaugurada por Lula em 2003, no seu primeiro mandato, de indicar um dos nomes da lista tríplice. Na ocasião, o mandatário indicou Aras, que era um dos 23 subprocuradores-gerais da República. Durante seu mandato na PGR, ele foi criticado por suposto alinhamento ao Planalto.
“O critério vai ser um critério pessoal, de muita meditação, vou conversar com muita gente. Eu só espero escolher, com a graça de deus, um cidadão que seja decente, digno, de muito caráter e que esse cidadão seja respeitado pelos bons serviços prestados ao país”, completou Lula na entrevista.
Com informações do Metropoles