O ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), criticou o inquérito contra ele, comparando-o às ações da Operação Lava Jato. Indiciado pela Polícia Federal nesta quarta-feira (12/6) por suspeita de participação em organização criminosa e corrupção passiva, o ministro usou as redes sociais para expressar suas dúvidas sobre a imparcialidade do processo.
“Este inquérito devassou a minha vida e dos meus familiares e não encontrou nada. Revirou fatos antigos de recursos que destinei legitimamente através de emendas parlamentares e cuja execução e fiscalização de obras não são, e nunca foram, de minha responsabilidade como deputado. Existem órgãos para isso. Infelizmente, durante o meu depoimento, não fui questionado sobre o objeto da investigação, sem espaço para um maior aprofundamento, e isso levanta dúvidas sobre a isenção e repete o modus operandi que já vimos acontecer antes na Operação Lava Jato, que causou danos irreparáveis a pessoas inocentes”, declarou Juscelino Filho na rede social X.
Em nota divulgada anteriormente, Juscelino Filho afirmou que o indiciamento é uma “ação política e previsível, que parte de uma apuração que distorceu premissas, ignorou fatos e sequer ouviu a defesa sobre o escopo do inquérito”.
A Polícia Federal indiciou o ministro sob suspeita de envolvimento em desvios de, pelo menos, R$ 835,8 mil destinados a obras de pavimentação financiadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
O inquérito aponta para possíveis desvios de emendas parlamentares para a pavimentação de ruas em Vitorino Freire, cidade no Maranhão onde a prefeita é a irmã de Juscelino, Luanna Martins Bringel Rezende Alves.
Redação, com informações do Metrópoles