O nível da pré-campanha neste ano no RN tem refletido o cenário nacional. O candidato Carlos Eduardo representa o Lulismo, e Rogério Marinho, o Bolsonarismo. Com isso, os ânimos se acirram com muita agressividade e poucas propostas.
Alguns interlocutores já demonstram suas preferências ideológicas em pretexto da liberdade de imprensa. O que, por consequência, tem gerado um aumento das ações eleitorais.
O candidato Rogério Marinho entrou com 3 ações, diretamente, contra o candidato Carlos Eduardo: 0600282-56, 0600290-33 e 0600291-18. Destas três, Rogério Marinho perdeu as duas primeiras que foram julgadas improcedentes pelos juízes Cláudio Santos e José Carlos. A terceira aguarda julgamento.
Por sua vez, o PDT entrou com 5 ações eleitorais de vários objetos: 0600260-95, 0600258-28, 0600356-13, 0600374-34 e 0600433-22. Duas foram procedentes, duas improcedentes, e a última aguarda julgamento.
O resultado dessa pré-campanha, até agora, está 4 x 2, sendo 4 decisões favoráveis a Carlos Eduardo, e 2 favoráveis a Rogério Marinho. E, ainda restam duas ações a ser julgadas.
Porém, no dia 16 de agosto, começará a campanha oficial com as propagandas gratuitas no rádio e na televisão, o que resultará em um aumento natural das ações perante a Justiça Eleitoral.
A importância do TRE-RN será muito maior diante das agressividades desta pré-campanha.
Agora é aguardar se os dois principais candidatos ao Senado no RN manterão a escolha de buscar equilíbrio no judiciário para evitar o acirramento da disputa.
O fato é que atribuir aos advogados ou às equipes jurídicas o protagonismo da disputa eleitoral, é ter os olhos míopes para enxergar o cerne do jogo político. Esse, muito mais complexo que as miudezas geradas de penas ideológicas e transmitidas por ondas de rádio e na blogosfera radical.