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Empresário defender golpe é “suicídio”, diz Toffoli

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O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), disse que, além de crime, defesa de golpe de Estado por empresários é “suicídio”. Segundo o juiz da Corte, “países democráticos vão retaliar o Brasil” e “investidores vão embora”. A fala de Toffoli é sobre uma reportagem do portal de notícias Metrópoles.

O portal divulgou mensagens em um grupo de WhatsApp em que empresários defendem um golpe de Estado no Brasil caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de outubro.

“Em relação à ação desses empresários, 1º que atentar contra a democracia é tipo penal, é crime no nosso país, assim como é nos Estados Unidos, na Europa. Nos países democráticos atentar contra o Estado democrático de Direito é crime”, disse o ministro em entrevista a jornalistas antes do Seminário “O Equilíbrio dos Poderes”, do grupo Esfera Brasil, em São Paulo.

“Se empresários divulgam esse tipo de posicionamento, eles são suicidas. Porque não há dúvida nenhuma que os Estados Unidos, a Europa, os países democráticos vão retaliar o Brasil economicamente. Investidores vão embora, isso vai gerar saída de capitais em nosso país”, afirmou. “Isso é loucura.”

Segundo o Metrópoles, entre os empresários envolvidos na conversa pelo aplicativo estão Luciano Hang (Havan), Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu), Ivan Wrobel (W3 Engenharia) e Marco Aurélio Raymundo (Mormaii).

Na última 4ª feira (17), associações e entidades que fazem parte da Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral pediram ao STF que os empresários sejam investigados. Na 5ª feira (18), os deputados Alencar Santana (PT-SP), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Reginaldo Lopes (PT-MG) apresentaram uma notícia-crime sobre o caso na Corte.

Na ação dos deputados, o juiz do Trabalho Marlos Melek, do TRT-9 (Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região) também é citado. Em nota, o TRT-9  afirma que o juiz foi à Corregedoria para prestar esclarecimentos espontaneamente. “Com as informações presentes, a Corregedoria não possui elemento objetivo para abrir procedimento disciplinar em relação ao magistrado.”

Empresários recuam após divulgação

Em nota, Luciano Hang afirmou que seu nome é envolvido “em toda polêmica possível”, mesmo que ele não tenha “nada a ver” com as questões noticiadas. “Em momento nenhum falei sobre os Poderes. Inclusive, quase nunca me manifesto nesse grupo. Sou pela democracia, liberdade, ordem e progresso”, diz a nota da assessoria da Havan.

Já Afrânio Barreira Filho afirma que “nunca” se manifestou “a favor de qualquer conduta que não seja institucional e democrática”. Ele diz ainda, em nota, que rompimento do processo democrático não corresponde ao seu pensamento.

“Participo de vários grupos com colegas e amigos que tratam de diversos assuntos, e, às vezes, de política. Com frequência me manifesto com reações em “emoticon” a alguma mensagem, sem necessariamente estar endossando  seu teor, ou ter lido todo o seu conteúdo.” Leia a íntegra ao final dessa reportagem.

Com informações do Poder360

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