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Bolsonaro volta a criticar urnas e ministros do STF e TSE em encontro com embaixadores

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Durante o encontro com embaixadores de cerca de 40 países, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a lançar dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro de urnas eletrônicas. Por mais de 45 minutos, o chefe do Executivo federal também criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e afirmou que seu governo está empenhado em apresentar uma “saída” para as eleições deste ano.

A reunião com estrangeiros foi realizada no Palácio da Alvorada e contou com a estrutura do governo para ser divulgada. Na ocasião, o chefe do Palácio do Planalto repetiu argumentos já desmentidos por órgãos oficiais e reiterou que as eleições deste ano devem ser “limpas” e “transparentes”.

“Nós queremos, obviamente, estamos lutando para apresentar uma saída para isso tudo. Nós queremos confiança e transparência no sistema eleitoral brasileiro”, declarou. “Nós queremos corrigir falhas. Queremos transparência. Nós queremos democracia de verdade.”

Mais uma vez, Bolsonaro não apresentou provas contra o sistema eleitoral. Ele também voltou a falar que as Forças Armadas foram convidadas pela Justiça Eleitoral a participar da Comissão de Transparência das Eleições instalada pelo TSE. Os militares enviaram ao tribunal um documento com dez medidas para, segundo eles, ampliar a confiabilidade do processo eleitoral. O texto foi analisado pelo colegiado do TSE.

Segundo o presidente da República, todas as sugestões das Forças Armadas “podem ser cumpridas até 2 de outubro”, data em que ocorrerá o primeiro turno das eleições.

Em sua fala, o chefe do Executivo federal ainda se disse “envergonhado” do que “está acontecendo no nosso país”. “Eleições são questões de segurança nacional. Nós não queremos instabilidade no Brasil”, pregou.

“O nosso objetivo é transparência e confiança nas eleições. Quem ganhar, o outro lado tem que se conformar. Estamos a três meses das eleições. As propostas sugeridas pelas Forças Armadas praticamente estacam a manipulação de números”, acrescentou Bolsonaro.

No evento com diplomatas, o presidente também criticou os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o chefe do Palácio do Planalto, os três magistrados querem trazer “instabilidade” para o país.

“O que nós queremos? Paz, tranquilidade. Mas por que um grupo de três pessoas apenas, três pessoas, querem trazer instabilidade para o nosso país? Não aceitam nada”, disse.

Fonte: Metropoles

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