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Justiça decreta prisão preventiva de militar que promovia ‘festa do pijama’ para abusar de crianças no Pará

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A Justiça decretou a prisão preventiva do sargento da Polícia Militar Adriano Augusto Silva David, após denúncias de séries de abuso sexual contra crianças em Altamira, no sudoeste do Pará. A determinação ocorreu a pedido da Polícia Civil. Até esta segunda-feira (10), ele permanecia foragido. 

Ao menos, quatro vítimas já foram identificadas, com idades entre 6 e 12 anos. A mãe de uma das vítimas compartilhou o momento em que descobriu que a filha de apenas 6 anos havia sido abusada sexualmente pelo policial. 

Em relato emocionado, ela descreveu como a criança detalhou os abusos, revelando que vinham ocorrendo há cerca de seis meses. 

De acordo com o depoimento da mãe, o investigado usava a desculpa de assistir filmes com as crianças como estratégia para continuar abusando da menina e de outras vítimas em um quarto. O g1 tentava contato com a defesa dele até a publicação da reportagem.

Segundo as denúncias, o policial teria tocado partes íntimas da vítima na frente da própria filha de apenas 9 anos de idade. 

Já a segunda vítima afirma que começou a ser abusada pelo policial quando tinha 11 anos. Somente aos 12 anos da vítima a mãe descobriu que sua filha teria sido estuprada pelo criminoso.

A mãe revelou, também nas redes sociais, que os abusos ocorriam por um longo período.

As denúncias apontam que o policial era amigo das mães das vítimas e sempre se mostrava atencioso e prestativo, utilizando as relações para se aproximar das crianças e ganhar a confiança delas. 

Ele é apontado por promover festas infantis, incluindo “noites do pijama”, na casa onde mora, na presença da esposa e filha. 

A Polícia Civil confirmou o caso e disse que as investigações ocorrem pela Seccional de Altamira. Diligências estão sendo realizadas para localizá-lo, segundo a PC.

Até a publicação da reportagem, a Polícia Militar ainda não havia se manifestado sobre as denúncias.

Casos de violência sexual infantil devem ser denunciados ao Conselho Tutelar, ou delegacias especializadas, autoridades policiais ou ligando para o Disque 100.

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