Moisés Barata Cordeiro, 22 anos e Max Barata Cordeiro, 20 anos, ambos irmãos, receberam a sentença pelo crime em que estavam sendo acusados. A decisão foi emitida pelos juízes da 3ª Vara do Júri de Belém, que resultou em uma pena de 8 anos, 11 meses e 15 dias de prisão em regime fechado para Moisés.
Já Max Barata recebeu uma pena de 7 anos, 5 meses e 15 dias de reclusão a ser interrompido em regime semiaberto inicial, por ter menos de 21 anos na época do crime. Os irmão são responsáveis pelo assassinato de Lucivaldo Santana da Silva, de 61 anos.
A decisão acatou a acusação do promotor do júri Edson Augusto Cardoso, que sustentou a acusação contra os réus pela autoria do assassinato. O advogado Marconi Gomes de Souza, representante da família da vítima, argumentou que Lucivaldo, um mototaxista de 61 anos, foi chamado pelos irmãos, que ele conhecia por serem moradores da mesma comunidade, para fazer uma corrida.
Como ele se recusou a levá-los a uma área conhecida pelo tráfico de drogas, a dupla o dominou e o atacou com uma arma improvisada de madeira, golpeando sua cabeça.
Em sua defesa, o advogado Elson Costa de Souza alegou que os irmãos agiram em legítima defesa ou, no mínimo, em uma situação de legítima defesa excedida. Ele argumentou que ambos eram trabalhadores rurais, sem instrução, e estavam alcoolizados durante o final de semana do Dia das Mães, tentando chegar a outra área para continuar as celebrações.
Durante o julgamento, duas filhas e a viúva da vítima compareceram para fornecer informações aos jurados. A mulher relatou que ela e o companheiro já estavam dormindo quando os rapazes foram à sua porta para solicitar a corrida.
A viúva contou que o marido costumava fazer as corridas para os dois, mas, devido à hora tardia e ao estado alcoolizado dos rapazes, ela pediu para que ele não saísse. No entanto, o idoso afirmou que precisava do dinheiro daquela corrida, no valor de R$20.
Durante os interrogatórios, os acusados afirmaram que, no meio da corrida, a vítima duvidou que eles tivessem dinheiro para pagar pelo serviço. Segundo a versão apresentada, Moisés mostrou uma nota de 50 reais para a vítima, que a empurrou de suas mãos e a empurrou, enquanto um dos jovens conseguiu agarrar e imobilizar a vítima. Em seguida, uma luta corporal começou e Max se armou com um pedaço de madeira, golpeando a cabeça da vítima.