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CNJ: Juiz confiscou dados de celular de advogado assassinado

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que o juiz Wladymir Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), confiscou dados do celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro. Em decisão, o CNJ tentou que o material apreendido pela polícia fosse enviado com urgência à Corregedoria Nacional de Justiça.

Em dezembro do ano passado, o advogado Roberto Zampieri foi morto com dez tiros dentro do carro em frente ao seu escritório. Desde então, a investigação do assassinato chamou a atenção do Ministério Público do Mato Grosso, que acionou o CNJ contra o juiz Wladymir Perri, que atua no caso.

Segundo o MP, o juiz autorizou que ele mesmo tivesse acesso exclusivo aos dados do celular, além de ter imposto sigilo ao caso.

“Causa estranheza e perplexidade a conduta do magistrado”, escreveu o Ministério Público ao CNJ. Além dessa decisão questionada pelo MP, o juiz questionou à Polícia Civil estadual se os dados do celular citavam alguma autoridade com foro privilegiado.

Antes de enviar com urgência o material da investigação ao CNJ, o juiz Wladymir Perri deverá permitir à Polícia Civil e ao Ministério Público acompanharem a remoção dos dados do celular do advogado. Procurados, o juiz Wladymir Perri e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso não comentaram.

Redação, com informações do Metrópoles

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