A Justiça Federal em Belo Horizonte aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réus três homens suspeitos de lavar dinheiro com tabacarias para financiar o grupo extremista Hezbollah, do Líbano.
O trio, formado por um brasileiro, um libanês naturalizado brasileiro e um libanês residente do Brasil, foi alvo da segunda fase da Operação Trapiche, da Polícia Federal, em agosto deste ano.
Um deles, Mohamad Khir Abdulmajid, libanês naturalizado brasileiro, conhecido como “Habibi”, já havia sido alvo da primeira fase, em novembro do ano passado. Ele é procurado internacionalmente, não foi localizado no Brasil, e registros dão conta de que ele fugiu em direção ao Líbano.
A decisão de acatar a denúncia, da 2ª Vara Federal Criminal, foi emitida na semana passada. Dois dias depois, a Justiça pediu que Habibi apresentasse a defesa até o início deste mês. As audiências para depoimentos das testemunhas e interrogatório dos réus foram agendadas para o final de novembro.
Dos três réus, apenas um deles, o brasileiro, está detido em um presídio de Guarulhos, na Grande São Paulo. A defesa dele entrou com um pedido de liberdade provisória, que está sendo analisado pelo judiciário.