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Samarco, Vale e BHP propõem aporte de R$ 90 bilhões para reparar danos em Mariana

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

jurinews.com.br

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A Samarco e suas acionistas, Vale e BHP Billiton, ofereceram injetar R$ 90 bilhões para reparar os estragos do rompimento da barragem em Mariana, ocorrido em 2015. Este montante seria destinado tanto a repasses financeiros quanto a medidas de reparação diretas.

O desastre, que resultou na morte de 19 pessoas e afetou inúmeras comunidades ao longo da Bacia do Rio Doce, motivou uma série de negociações. A nova oferta das mineradoras visa solucionar as pendências que se arrastam há mais de dois anos.

Até o momento, mais de 85 mil processos relacionados ao desastre tramitam nos tribunais brasileiros. Os governos e instituições de Justiça pleiteavam um montante de R$ 126 bilhões, enquanto as mineradoras ofereciam apenas R$ 42 bilhões até o final do ano passado.

A Vale confirmou a nova proposta em comunicado ao mercado, destacando que os recursos seriam aportados pela Samarco. Em caso de dificuldades financeiras, Vale e BHP Billiton assumiriam a responsabilidade de forma igualitária.

Entidades que representam os atingidos expressaram insatisfação com a proposta, considerando os R$ 72 bilhões em dinheiro como insuficientes para a reparação completa. O Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB) espera que a oferta seja rejeitada pelas autoridades.

O processo reparatório no Brasil tem enfrentado diversos desafios, incluindo críticas à atuação da Fundação Renova, encarregada da gestão dos programas de reparação. Ações judiciais e discordâncias entre as partes envolvidas continuam a marcar o desenrolar dessa tragédia ambiental.

Redação, com informações da Agência Brasil

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