O Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, determinou que o presidente russo, Vladimir Putin, pare imediatamente os bombardeios contra a Ucrânia, iniciados em 24 de fevereiro. A decisão desta quarta-feira (16) é preliminar. Os juízes entendem que ainda precisam de mais elementos para uma condenação final contra a Rússia, mas temem os prejuízos da guerra.
O conflito no Leste Europeu chegou à Haia após a Ucrânia denunciar na Organização das Nações Unidas (ONU) supostos crimes de guerra e transgressões aos direitos humano cometidos pelos Exército russo.
A Ucrânia pediu que o governo russo seja responsabilizado por “manipular a noção de genocídio para justificar a agressão”. O tribunal, no entanto, não encontrou indícios fortes o suficiente para acusar a Rússia de genocídio.
“Na atual fase do processo, só é posível observar que o Tribunal não está em posse de provas que comprovem a alegação da Federação Russa de que o genocídio foi cometido em território ucraniano”, aponta o documento.
A Ucrânia vive o 21º dia de ataques. Kiev, capital e coração do poder, e Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, estão sob forte bombardeio. Civis foram alvejados pelas tropas russas.
À época da denúncia, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu que a Rússia “distorce o conceito de genocídio para justificar a agressão”.
O presidente da Ucrânia também solicitou que o órgão marque uma conversa entre as partes. “Pedimos ao tribunal que ordene imediatamente à Rússia que cesse as hostilidades e agende uma audiência na próxima semana”, escreveu.
“Solicitamos uma decisão urgente ordenando que a Rússia cesse a atividade militar agora e esperamos que os julgamentos comecem na próxima semana”, assinalou Zelensky.
Com informações do Metropoles