O jornal Folha de São Paulo revelou que o esquema de aparelhamento do Poder Judiciário, por parte do governo de Jair Bolsonaro, também chegou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A reportagem da edição deste sábado (11) diz que o sócio do senador Flávio Bolsonaro será indicado na vaga da Câmara dos Deputados.
O indicado é Willer Tomaz, advogado que chegou a ser preso pela Polícia Federal, em 2017, e depois foi solto em três meses.
Ele foi acusado de intermediar propinas ao procurador da República Angelo Goulart Villela responsável por repassar informações confidenciais sobre as investigações aos irmãos Joesley e Wesley Batista, através do advogado da JBS, Francisco de Assis.
Mesmo na condição de ex-presidiário, Tomaz tornou-se um dos principais cotados para integrar o CNJ na condição de conselheiro como representante da Câmara dos Deputados.
O posto no órgão deve ficar vago só em setembro de 2023, mas a articulação visa já chancelar antecipamente a indicação para não reconduzir o atual conselheiro Mário Goulart Napoleão Maia.
O mandato no CNJ é de dois anos, com possibilidade de recondução por igual período. A Câmara tem direito a uma indicação mas desde que o indicado tenha “notável saber jurídico e reputação ilibada” como exige a Constituição.