O Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu 21 denúncias contra empregadores que teriam coagido seus funcionários a participarem das manifestações antidemocráticas e bloqueios ilegais de rodovias em Santa Catarina.
Os casos foram registrados entre 30 de outubro, dia da eleição presidencial, até a manhã desta sexta-feira (11). Os nomes das empresas e entidades não foram divulgados.Desde agosto deste ano, 313 casos suspeitos em 205 empresas, associações, federações de classe, e sindicatos patronais já chegaram até o órgão. Segundo o MPT, a região Oeste catarinense lidera as ocorrências.
O órgão trata as denúncias como assédio eleitoral, que ocorre quando o servidor, no ambiente de trabalho ou em situações relacionadas, se sente intimidado, ameaçado, humilhado ou constrangido por um empregador ou colega de trabalho que age com o objetivo de influenciar ou manipular o voto, manifestação política, apoio ou orientação política.
Os bloqueios com grupos contrários ao resultado das eleições começaram em 30 de outubro, depois de confirmada a vitória de Lula (PT) sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições. Santa Catarina chegou a ter quase 70 atos simultâneos nas estradas.
Desde segunda-feira (7), não há registro de locais novamente fechados pelos manifestantes. O grupo é contrário ao resultado das urnas.
m um mapeamento de 30 de outubro, data do 2º turno da eleição presidencial, até 6 de novembro, a PRF informou ao Supremo Tribunal Federal ter identificado e multado 40 pessoas físicas e 10 empresas por organizarem os atos.
Em Santa Catarina, um documento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao qual o g1 SC teve acesso, são citadas ao menos 23 pessoas como “lideranças que atuam nesses movimentos, bem como [proprietários de] alguns veículos utilizados nos bloqueios”.
Com informações do G1