O PSol de São Paulo fez um pedido ao Ministério Público Militar (MPM) para que o general da reserva Walter Braga Netto seja afastado do Exército enquanto é investigado. O militar está sob investigação por ter nomeado o delegado Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, um dia antes do assassinato da vereadora Marielle Franco. Barbosa é apontado pela Polícia Federal (PF) como o “autor intelectual” do crime e foi preso no último domingo (24).
Rivaldo Barbosa foi nomeado por Walter Braga Netto em 2018, durante o governo Temer, quando o general atuava como interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Após a operação da PF que resultou na prisão do ex-chefe da Polícia Civil, Braga Netto alegou que assinou a nomeação de Barbosa apenas por “questões burocráticas”.
Em uma manifestação citada na decisão do ministro Alexandre de Moraes, a PF destacou que Rivaldo Barbosa planejou “meticulosamente” a execução de Marielle Franco e teve “total ingerência” para sabotar as investigações da polícia que comandava.
Para o PSol, o contexto que levou à nomeação de Rivaldo Barbosa é de “extrema importância e gravidade”. Segundo ela, a nomeação ocorreu de forma discricionária, sem fundamentação e em desacordo com a Inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o que pode representar uma violação à lei e à ordem pública.
TRAJETÓRIA DE BRAGA NETTO
Além de atuar como interventor federal no Rio de Janeiro, Walter Braga Netto ocupou os cargos de ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Jair Bolsonaro. Em 2022, ele foi vice-presidente na campanha de reeleição de Bolsonaro e participou de articulações que, segundo a Polícia Federal, tinham o objetivo de promover golpes.
Redação, com informações do Metrópoles