O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, manifestou seu descontentamento com a exposição midiática dada pela Polícia Federal durante as prisões do delegado Rivaldo Barbosa e dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão. Os três são suspeitos de serem os mentores intelectuais da morte da vereadora Marielle Franco (PSol).
Os suspeitos foram presos no Rio de Janeiro no domingo, 24 de março, e foram transferidos para Brasília em um avião da Polícia Federal. Ao chegarem na capital federal, os três desembarcaram diretamente na pista, possibilitando que o momento fosse registrado pela imprensa. Os irmãos Brazão desceram do avião algemados, intensificando a exposição midiática em torno do caso.
Incomodado com a forma como a operação foi conduzida, o ministro Ricardo Lewandowski procurou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, na semana passada para questionar a falta de discrição no desembarque dos suspeitos em Brasília.
De acordo com fontes da Polícia Federal, Andrei Rodrigues teria informado a Lewandowski que a aeronave da corporação precisou parar na pista do aeroporto de Brasília, pois não tinha espaço suficiente em um hangar. Os suspeitos foram transportados em um jato da Embraer modelo ERJ 170-200, com capacidade para 87 pessoas.
A crítica do ministro Ricardo Lewandowski ressalta a necessidade de se manter a discrição em operações policiais sensíveis, especialmente aquelas que envolvem crimes de grande repercussão como o assassinato da vereadora Marielle Franco. A exposição midiática pode comprometer as investigações e influenciar a opinião pública de maneira inadequada, prejudicando tanto os suspeitos quanto o andamento das apurações.
Redação, com informações do Metrópoles