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Justiça britânica reconhece papel das redes sociais em suicídio de adolescente

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A Justiça britânica questionou, nesta sexta-feira (30), o papel dos conteúdos vistos por uma adolescente nas redes sociais antes de cometer suicídio, após um processo que relança o debate sobre a influência destas plataformas e de seus algoritmos. Molly Russell, que sofria de depressão, cometeu suicídio em novembro de 2017, quando tinha 14 anos.

Na tentativa de compreender seu gesto, seus familiares descobriram que ela havia sido exposta nas redes sociais, principalmente Instagram e Pinterest, a inúmeros conteúdos que evocavam suicídio, depressão e automutilação.  Um processo judicial chamado “Inquest”, destinado a determinar as causas de sua morte, chegou a esta conclusão nesta sexta, em Londres, após dez dias de audiência. 

Os conteúdos vistos pela adolescente “não eram seguros e nunca deveriam ter sido acessíveis para uma menina”, disse Andrew Walker, responsável pelo procedimento, em suas conclusões.  Em vez de qualificar sua morte como suicídio, ele considerou que a jovem “morreu em decorrência de um ato de automutilação, quando sofria de depressão e dos efeitos negativos dos conteúdos vistos na Internet”. 

O funcionamento dos algoritmos das redes sociais, que tendem a oferecer aos usuários conteúdo similar ao que eles viram antes, “certamente teve um efeito negativo em Molly”, insistiu.  Um projeto de lei de “segurança on-line” está sendo considerado no Parlamento do Reino Unido. Seu objetivo é encontrar um equilíbrio entre a liberdade de expressão e a proteção dos usuários, principalmente no caso dos menores de idade.

Com informações do Uol

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