A Justiça de Goiás bloqueou nesta quarta-feira R$ 2,1 milhões do médico Márcio Antônio Souza Junior, de 38 anos. O profissional de saúde é réu em um processo pela prática do crime de discriminação e preconceito de raça e de cor.
Junior filmou um homem negro acorrentado pelos pés, pelas mãos e pelo pescoço, e publicou nas redes sociais com comentários irônicos sobre escravidão.
A gravação foi feita por Junior em fevereiro deste ano, na zona rural do município de Goiás, situado a 140 quilômetros de Goiânia. No vídeo, o médico diz: “Aí, ó, falei para ele estudar, mas ele não quer. Então, vai ficar na minha senzala”.
“Vai tentar fugir, vai? Pode ir embora”, acrescenta o médico, entre risadas.
As imagens foram publicadas no Instagram do médico e rapidamente viralizaram. Com a repercussão, Junior apagou o vídeo e, dias depois, fez um pedido de desculpas.
O médico foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) nesta segunda-feira. De acordo com o MP-GO, os promotores apontaram que o valor a ser suportado Junior em indenização por danos morais coletivos, penas criminais e custas judiciais poderá chegar a R$ 2.166.312,00.
O pedido de bloqueio dos bens de Junior, no valor solicitado pelo MP-GO, foi deferido pela Justiça goiana nesta quarta-feira.
Com informações do Yahoo