A diretora do Foro de Anápolis (GO) e titular da 2ª Vara de Família e Sucessões da comarca, juíza Aline Vieira Tomás, realizou, na tarde dessa quinta-feira (13), uma audiência de conciliação no Metaverso, tecnologia de ambiente virtual imersivo, que permite a introdução de pessoas e coisas num espaço virtual compartilhado. A magistrada, que é uma entusiasta pela aplicação de novas tecnologias, já faz atendimentos, reuniões, recebe advogados e resolve questões administrativas em geral no ambiente de realidade virtual aumentada.
“Trazer para o Judiciário goiano a perspectiva da realização de atos judiciais dentro de um ambiente de realidade virtual aumentada é mais um instrumento para aproximar a Justiça do cidadão e das necessidades da sociedade”, destaca a juíza, que também é coordenadora pedagógica do Laboratório de Inovação e Inteligência (InovaJus) do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) e coordenadora adjunta do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec).
A magistrada ressalta que o Poder Judiciário de Goiás ocupa posição de vanguarda quando o assunto é a adaptação para o atendimento do usuário do sistema de Justiça.
A magistrada explica que a legislação brasileira prevê e permite a realização de atos de maneira eletrônica, e salientou que o Metaverso se apresenta como uma ferramenta para o Poder Judiciário, e não como uma substituição de juízes, servidores ou partes. Somos pioneiros na Justiça estadual brasileira ao disponibilizarmos o acesso aos fóruns por meio de mais uma ferramenta tecnológica, agora em ambiente de realidade virtual aumentada, ampliando verdadeiramente o acesso à justiça”, destacou.
Aplicação facilitada
A ferramenta utilizada pela juíza para a realização da audiência no Metaverso é uma plataforma oficial da Microsoft, selecionada pelos critérios de gratuidade e facilidade de aplicação, sem que haja a necessidade de utilização de óculos de realidade virtual, o que dificultaria o acesso do jurisdicionado.
“O uso da ferramenta é de fácil manuseio, bastando a criação do Avatar pelas partes e advogados e o ingresso na sala virtual de audiências, a qual ocorre em tempo real e de forma síncrona”, observa Aline Tomás.
Ela também ressalta que “é muito importante ingressarmos no Metaverso enquanto estiver ainda em fase de desenvolvimento, pois assim atuamos como construtores de uma realidade que, em breve, estará presente nas rotinas de vários setores de nossas vidas, inclusive no Poder Judiciário”.
Com informações do TJ-GO