O Conselho Nacional de Justiça determinou a realização de correição extraordinária para verificação do funcionamento da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Unaí (MG).
Nesse sentido, a Portaria 78 de 6/9 determina a apuração dos fatos apontados por relatório da Corregedoria Geral de Justiça de Minas Gerais. Entre as faltas cometidas, estão a ausência da magistrada no fórum durante o horário do expediente forense ou mesmo seu comparecimento após o seu encerramento.
Também foi relatado o exercício de teletrabalho de forma não autorizada pelo TJ-MG e o comprometimento do andamento regular dos expedientes físicos e dos urgentes ante a ausência da juíza no fórum ou falta de resposta aos pedidos de informação.
A juíza da Vara Criminal e da Infância e Juventude de Unaí (MG), Ludmila Lins Grilo, tornou- se nacionalmente conhecida por incentivar aglomerações em plena crise sanitária provocada pela disseminação da Covid-19 no país.
Além de motivar esse tipo de reunião, a juíza também deu dicas a seus seguidores nas redes sociais sobre como burlar a exigência do uso de máscaras em shoppings sem serem censurados ou repreendidos.
Em seu perfil no Twitter, a juíza Ludmila Lins Grilo se disse alvo de perseguição. “Tentaram emplacar a narrativa de ‘improdutividade’. O que ninguém imaginava é que eu, como boa aluna do Olavo [autoproclamado filósofo e guru bolsonarista], já sabia que, um dia, minha produtividade misteriosamente ‘sumiria’ do sistema, ou seria ‘lançada errado’… e que eu mantinha um registro paralelo e auditável de TUDO”, escreveu.
A portaria, assinada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou que a correição deverá tramitar sob segredo de justiça.
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Com informações da Conjur