A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Ceilândia obteve a condenação de Geovane Medeiros de Aguiar a 28 anos de reclusão em regime inicial fechado por cinco tentativas de homicídio triplamente qualificadas. Os crimes ocorreram em 8 de janeiro de 2020, durante uma festa de música eletrônica em Ceilândia.
O júri aceitou as três qualificadoras propostas pela denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT): motivo fútil, que seria o desentendimento pela qualidade do entorpecente comercializado por Geovane; perigo comum, pois os disparos de ocorreram em uma festa, onde se aglomeravam diversas pessoas; e recurso que dificultou a defesa das vítimas, atacadas de surpresa, algumas delas pelas costas.
ENTENDA O CASO
Na tarde de 8 de janeiro de 2020, durante uma festa rave realizada em uma residência no Condomínio Monte Verde, em Ceilândia, Geovane Medeiros se desentendeu com as vítimas. Ele teria vendido lança-perfume para o grupo, mas ao experimentarem o entorpecente, as vítimas não aprovaram a qualidade do produto e questionaram o acusado, afirmando que a solução fornecida se tratava de Thinner.
Algumas horas após a discussão, o autor retornou armado à festa e disparou dez vezes contra as pessoas com quem havia se desentendido por causa da venda da droga. Ele atingiu cinco vítimas, sendo que uma delas ficou paraplégica, perdeu um rim e também o baço e sofreu perfuração no diafragma e no pulmão.
Após os disparos, o acusado fugiu do local. As vítimas foram socorridas e levadas ao Hospital Regional de Ceilândia. De acordo com a Promotoria, os conflitos por causa das drogas já ceifaram diversas vidas, inclusive de inocentes que não teriam envolvimento com entorpecentes. O réu aguardou preso pelo julgamento e poderá recorrer da sentença.
Redação Jurinews, com informações do MP-DF