O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou, na quarta-feira (26), nova série de webinários do projeto “Disseminando Boas Práticas do Poder Judiciário” para apresentar iniciativas bem-sucedidas da Justiça no Eixo Auditoria. Nas próximas edição, o evento online continuará a compartilhar experiências eficazes dentro da temática que possam ser replicadas entre os órgãos judiciais brasileiros.
“A auditoria é uma ferramenta essencial para que o Judiciário possa fazer o seu controle interno, aprimore a sua prática e as suas ações e consiga realizar melhor os seus serviços essenciais”, destacou o coordenador do DGE e juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Fabio Cesar dos Santos Oliveira, que realizou a abertura do evento. O secretário de Auditoria Interna do CNJ e juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Paulo Cesar Rodrigues, moderou o evento no qual foram apresentadas quatro boas práticas.
A primeira delas, “Gerenciamento das Recomendações de Auditoria Interna”, foi implementada no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB). A partir de um banco de dados em Access, que permite relacionar tabelas, foi realizado o cadastro de todas as recomendações pendentes desde 2018.
Por meio da automatização do monitoramento e da criação de um Índice de Atendimento de Auditoria (IAA), as recomendações passaram a ser acompanhadas por meio um painel interativo. “Agora são realizados reportes mensais para os diretores e periódicos para a Presidência, com maior gestão das recomendações da auditoria”, destacou o gerente de Auditoria Interna do TJPB, Sidney Brito.
A segunda prática apresentada, “Comunicação Efetiva – Reportes à Alta Administração”, é uma iniciativa do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). Foram criados dois produtos nesta área: SAU Informa e Fichas Síntese. “O SAU Informa é um documento frente e verso, um jornalzinho mensal em linguagem simples e leitura amigável, inclusive com imagens”, descreveu o secretário de Auditoria Interna da corte, Carlos Eduardo Pereira. Já o “Fichas Síntese” traz um resumo dos assuntos acompanhados pela secretaria.
O mesmo tribunal conta com outra iniciativa disponível no Portal CNJ de Boas Práticas do Poder Judiciário: “Novo rito de monitoramento de recomendações de auditoria interna”. A ideia, explicou Pereira, é que a gestão elabore um plano de ação em formato sucinto de planilha eletrônica ao final de cada auditoria avaliativa, a ser entregue em até 30 dias. “É uma etapa imediatamente subsequente aos resultados da auditoria. É tempestiva e oportuna”, considerou Pereira.
Dentro do mesmo escopo, foi exibida a boa prática “Mapeamento do processo de auditoria com utilização de modelagem BPMN”, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Da sigla em inglês para Modelo e Notação de Processos de Negócios, o BPMN é uma forma pela qual profissionais podem organizar e modelar seus processos a partir de um padrão.
O modelo foi desenvolvido após a corte realizar treinamentos e com a utilização do software livre Bizagi para planejar cada etapa, mapeando, em um fluxograma, todos os papéis dentro da equipe da Secretaria de Auditoria Interna. “Conseguimos alcançar uma padronização dos procedimentos entre as seções de auditoria, com a divulgação da complexidade do trabalho e o maior controle de fluxo e prazos do processo”, concluiu a servidora da SAI do TRE-PR Giane dos Santos Wippich.
Com informações do CNJ