Os três extremistas bolsonaristas acusados de planejar e tentar executar a explosão de uma bomba nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília na véspera do Natal de 2022 viraram réus após o juiz Osvaldo Toavani, da 8ª Vara Criminal do Distrito Federal (TJ-DFT) ter aceito a denúncia do Ministério Público do DF. Além do crime de explosão, o trio responde por terrorismo em um processo que tramita na Justiça Federal.
Com a decisão, viram réus os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) George Washington de Oliveira Souza, Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Souza. Eles foram acusados do crime de explosão, previsto no artigo 251 do Código Penal. Em caso de condenação, a pena é de três a seis anos de reclusão e multa.
Para a decisão, o juiz levou em conta a confissão feita por George Washington Souza. Ele disse que gastou R$ 170 mil com armas para um possível atentado e acusou Alan Diego dos Santos de ser seu parceiro.
Já Wellington Souza teria sido o responsável por colocar a bomba no caminhão que foi encontrado pela polícia nos arredores do aeroporto de Brasília. Os três já estão presos.
Investigação do caso
A apuração do caso começou depois que a polícia descobriu, na véspera do Natal, um artefato explosivo dentro de um caminhão com querosene perto do Aeroporto Internacional de Brasília.
Segundo George Washington Souza, o objetivo era radicalizar os apoiadores de Bolsonaro. Ele também pretendia entregar armas aos manifestantes golpistas que estavam acampados em frente ao quartel general do Exército em Brasília.
Com George Sousa, foram aprendidos: dois revólveres; duas espingardas; três pistolas; cinco emulsões explosivas; munições e uniformes camuflados, todas em seu nome, que possui registro de colecionador. No entanto, não há autorização para transitar com essas armas livremente. E a situação se agrava porque ele viajou do Pará para Brasília sem guia de autorização de transporte.
Terrorismo em Brasília
Um grupo de golpistas bolsonaristas invadiu na tarde do 8 de janeiro o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto e promoveu atos de vandalismo e depredação do patrimônio público e de itens históricos raros e alguns com mais de 100 anos de idade, nos locais.
Os terroristas não se conformam com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022, para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e pedem um golpe militar no Brasil.
Com informações da Conjur