Uma troca de mensagens em um grupo de whatsapp terminou em processo judicial por injúria racial. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJ-DFT) acolheu a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e transformou em ré a advogada Isabela Bueno de Sousa por injúria racial. O valor mínimo sugerido para a causa é de R$ 6 mil em indenização.
A decisão ocorreu após a advogada Thayrane da Silva Apóstolo Evangelista, 30 anos, representar criminalmente contra a colega de profissão, que teria se referido a Thayrane com mensagens de cunho racista em grupo de WhatsApp de advogados de Brasília. O caso foi revelado pelo Metrópoles.
Na mesma determinação, o juiz Wellington da Silva Medeiros, substituto da Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Águas Claras, também indeferiu a retirada do ar das reportagens deste portal de notícias, assim como recusou a decretação de sigilo na tramitação do processo.
“No caso em exame, a situação torna-se ainda mais grave – e, por isso mesmo, a exigir a estreita fiscalização da opinião pública –, pois se está a imputar a uma advogada o delito de injúria racial praticado contra outra advogada, em um grupo virtual de advogados. Trata-se, portanto, de conduta que, se verdadeira, colide com as mais altas aspirações nacionais e supranacionais de civilidade e de progresso humano”, registrou o magistrado.
Procurada, a advogada Isabela de Sousa atribuiu a repercussão à corrida pelo comando da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF). Ela defende a candidatura de Thais Riedel à presidência da entidade local contra a reeleição de Delio Lins e Silva Júnior.
Com informações do Metrópoles