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‘A Lei Maria da Penha não é privilégio, é uma necessidade’, diz juíza

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A juíza Lívia Mattos, da 1ª Vara de Porto Calvo (AL), reforçou a importância da Lei Maria da Penha no combate à violência doméstica. “Essa lei não é privilégio, é uma necessidade. As mulheres, historicamente, têm sofrido situações de violência, em razão do sistema cultural”, afirmou a magistrada, nesta terça-feira (30), durante palestra para cerca de 160 estudantes da Escola Nossa Senhora da Apresentação. 

“Se a gente fala para estudantes, a gente está formando uma geração que compreende que o outro é digno de respeito, que a mulher é digna de respeito. Não é só aplicar a lei, mas também trabalhar em cima do respeito ao próximo, do respeito à mulher”, destacou a juíza.

A magistrada falou sobre os tipos de violência doméstica, que medidas podem ser adotadas para proteger as vítimas e como denunciar. Para a estudante Joyce Vitória, de 17 anos, a palestra trouxe informações relevantes. “Pude conhecer os tipos de violência. A patrimonial, por exemplo, eu não tinha muito conhecimento sobre e, durante a palestra, ficou bem claro o assunto”.

A aluna disse que também aprendeu sobre como denunciar a violência doméstica. “Como  a juíza falou, pode denunciar por meio de ligação, o melhor caso é o 190, e também tem outras plataformas para fazer a denúncia”.

Para o estudante Bruno Santos, de 18 anos, ter informação sobre o assunto é fundamental. “As meninas na escola muitas vezes passam por diversas situações e, por falta de conhecimento, ficam caladas. Essa palestra com certeza vai abrir os olhos de muitas”.

Após a palestra, foram exibidos vídeos feitos pela Diretoria de Comunicação do Tribunal de Justiça (TJAL) com mulheres que denunciaram seus agressores e superaram a violência doméstica.

Um grupo de alunos encenou ainda peça que mostrou situações de violência vividas por mulheres, no transporte público, no trabalho e no ambiente doméstico.

“A peça foi uma maneira visual de mostrar a realidade da violência doméstica, que muitos desconhecem, acham que é só a agressão física em si. Como foi mostrado, a violência doméstica vai além da agressão física. É muito importante que os alunos venham a ver, entender e, mais à frente, propagar essa ideia do que é violência doméstica”, destacou a diretora da escola, Aurita Simonne.

Com informações do TJ-AL

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