O processo movido contra o ex-deputado estadual de São Paulo, Arthur do Val, mais conhecido como “Mamãe Falei”, foi arquivado pela Justiça Federal, atendendo ao pedido do Ministério Público Federal.
A juíza federal Fabiana Alves Rodrigues, em sua decisão, afirmou não ter encontrado elementos que comprovassem as denúncias contra o ex-deputado. Arthur do Val estava sendo investigado por supostos crimes de turismo sexual e evasão de divisas na Ucrânia.
Na sentença, a juíza destacou que “não há indícios de tipicidade […], uma vez que não houve realização de ‘operação de câmbio não autorizada’ e os valores enviados ao exterior foram devidamente declarados ao órgão federal competente”. O pedido de investigação foi iniciado pelos deputados estaduais Valéria Bolsonaro e Gil Diniz, ambos do PL.
A magistrada também mencionou que o MBL (Movimento Brasil Livre) apresentou documentos comprovando como os recursos arrecadados foram utilizados para auxiliar a população local. Na ocasião, Arthur do Val fez parte da “Missão Ucrânia”, uma campanha para arrecadar fundos destinados às vítimas do conflito na região.
Arthur do Val proferiu um comentário em áudio durante sua visita à fronteira da Ucrânia, afirmando que as mulheres ucranianas eram “fáceis porque eram pobres”. Essa declaração gerou repercussão negativa tanto no Brasil quanto no exterior. Vários parlamentares solicitaram a cassação do mandato de Arthur do Val.
Na época, o ex-deputado reconheceu que suas palavras foram “repulsivas” e “grotescas”. Sua defesa alegou que os áudios foram enviados a grupos privados e que ele estava licenciado do cargo, encontrando-se em outro país.
