Um juiz federal da Califórnia rejeitou o pedido de Elon Musk para impedir a OpenAI de avançar com sua estrutura voltada ao lucro. No entanto, outros aspectos do processo movido pelo bilionário contra a startup de inteligência artificial poderão continuar, segundo decisão divulgada nesta terça-feira (5).
A juíza distrital Yvonne Gonzalez Rogers afirmou que sua Corte está disponível para julgar o caso ainda este ano, citando o “interesse público em jogo e o potencial para dano caso uma conversão contrária à lei ocorra”, conforme reportado pela agência Associated Press (AP).
Musk, que foi um dos fundadores e principais investidores da OpenAI em 2015, entrou com a ação contra a empresa e seu CEO, Sam Altman, alegando que houve uma quebra de contrato e uma “traição” aos princípios originais da organização sem fins lucrativos.
Atualmente, a OpenAI opera sob um modelo híbrido. Em 2019, após a saída de Musk, a empresa criou uma subsidiária voltada ao lucro para captar investimentos, incluindo aportes da Microsoft. Agora, a OpenAI planeja transformar essa unidade em uma entidade corporativa que controlará suas operações e negócios, enquanto a parte sem fins lucrativos se concentrará em áreas como saúde e educação.
O embate entre Musk e a OpenAI se intensificou no último ano, quando ele incluiu a Microsoft no processo e solicitou que a Justiça barrasse os planos da empresa. O empresário também incorporou sua própria companhia de inteligência artificial, a xAI, ao caso, argumentando que a OpenAI estava suprimindo a concorrência ao supostamente exigir que investidores evitassem financiar empresas rivais, incluindo a sua.
Em fevereiro, Musk liderou uma oferta de US$ 97,4 bilhões para adquirir a OpenAI. Altman rejeitou a proposta e afirmou que o verdadeiro objetivo do bilionário era atrasar o avanço da empresa. Em uma publicação no X, rede social de Musk, o CEO da OpenAI ironizou a oferta: “Não, obrigado. Mas nós compraremos o Twitter por US$ 97,4 bilhões se você quiser”.