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Advogado deixa defesa de Mark Zuckerberg e dispara: “Masculinidade tóxica e loucura neonazista”

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O advogado Mark Lemley, que representava a Meta em uma ação de propriedade intelectual, anunciou que rompeu seus laços com a companhia após declarações e decisões controversas de seu CEO, Mark Zuckerberg. Lemley, que também é professor de direito na Universidade de Stanford, acusou Zuckerberg de adotar comportamentos associados à “masculinidade tóxica e à loucura neonazista”.

A ruptura ocorreu após Zuckerberg, em uma entrevista ao podcast de Joe Rogan, defender que a cultura corporativa precisava de mais “energia masculina”. A declaração marca uma mudança significativa na postura da empresa, que, em 2021, havia suspendido as contas de Donald Trump no Facebook e Instagram devido a “elogios às pessoas envolvidas em violência no Capitólio em 6 de janeiro”. Desde então, as contas do ex-presidente foram reativadas.

Nos últimos anos, a relação entre a Meta e Trump evoluiu de forma polêmica. Em 2024, Trump ameaçou publicamente Zuckerberg, dizendo que ele poderia enfrentar “prisão perpétua” por supostamente usar suas plataformas contra ele nas eleições de 2020. No entanto, após a reeleição de Trump, a Meta doou US$ 1 milhão para o fundo de posse do presidente e, recentemente, anunciou a entrada de Dana White, aliado de Trump e presidente do UFC, no conselho da empresa.

Mudanças internas também têm ocorrido na Meta. O diretor de assuntos globais, Nick Clegg, deixou o cargo e foi substituído por Joel Kaplan, republicano crítico à suposta supressão de vozes conservadoras nas plataformas digitais.

Em meio a esse contexto, Lemley publicou uma declaração detalhando sua decisão de cortar relações com a Meta, embora tenha destacado sua luta interna para lidar com as mudanças na liderança da empresa. Em suas palavras, ele afirmou: “Tenho lutado para saber como reagir à queda de Mark Zuckerberg e do Facebook na masculinidade tóxica e na loucura neonazista. Embora tenha pensado em sair do Facebook, considero de grande valor as conexões e os amigos que tenho aqui, e não parece justo que eu perca isso porque Zuckerberg está tendo uma crise de meia-idade”.

Lemley também apresentou três medidas que tomou em resposta à situação:

  1. Desativação de sua conta no Threads
    Ele afirmou que prefere o Bluesky como alternativa ao Twitter e que não pretende apoiar o Threads, que considerou uma cópia administrada por “um aspirante a Musk”.
  2. Boicote a compras por anúncios no Facebook e Instagram
    Embora reconheça que os algoritmos da Meta frequentemente influenciam suas compras, Lemley decidiu não adquirir mais produtos diretamente pelos anúncios das plataformas, assegurando que a empresa não receba crédito por futuras transações.
  3. Romper relações profissionais com a Meta
    Lemley anunciou que deixou de atuar como advogado da Meta, embora tenha destacado seu apoio à posição da empresa na disputa envolvendo direitos autorais de inteligência artificial. “Não posso mais, em sã consciência, atuar como seu advogado”, declarou.

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