O Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu ao Ministério Público Federal acesso aos depoimentos de servidores que denunciaram casos de assédio sexual e moral na Caixa envolvendo o ex-presidente Pedro Guimarães e outros ex-dirigentes do banco.
O procurador Paulo Neto, da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, solicitou que o MPF compartilhe a representação que deu início à apuração e os depoimentos que tratam do assédio sexual.
Ao menos oito vítimas já foram ouvidas pelo MPF e as oitivas devem ser retomadas até o fim do mês. Os depoimentos são mantidos sob sigilo.
As denúncias levaram à exoneração de Pedro Guimarães da presidência do banco. Ele é um dos aliados mais próximos do presidente Jair Bolsonaro.
Atualmente, são duas frentes de investigação:
Ministério Público do Trabalho – analisa questões trabalhistas e pode propor responsabilização civil e trabalhista do banco. Neste caso, avalia a conduta da empresa quanto a apuração e até mesmo prevenção de atos que possam caracterizar assédio. O foco do MPT é principalmente o assédio moral.
Ministério Público Federal – analisa se as condutas narradas pelas vítimas podem levar à responsabilização civil e criminal. Vão avaliar se há provas de que as condutas dos dirigentes configuram crimes, como de assédio, ou ato de improbidade administrativa.
O MPT está na fase de coleta de provas. O procurador Paulo Neto já começou a tomar depoimentos e fez uma inspeção na sede do banco em Brasília.
Segundo ele, o objetivo da inspeção foi conhecer o espaço físico da Caixa, onde, segundo as denúncias, ocorreram os episódios de assédio.
Com informações do G1