A Justiça de Goiás condenou 16 advogados por organização criminosa e associação tráfico de drogas. Segundo a sentença, eles foram presos por repassar recados a presos faccionados em Goiás e no Distrito Federal. A decisão é da juíza Placidina Pires e cabe recurso. Penas variam entre 8 e 10 anos de reclusão.
Durante a investigação, o delegado Thiago Martimiano explicou que os advogados trabalhavam como “garotos de recado” para diversos presos de Goiás e levavam informações sobre o tráfico de drogas até para criminosos da favela do Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro. A decisão da juíza é do dia 3 deste mês.
Na época, a investigação apontou que os advogados levavam informações sobre o tráfico de drogas e movimentação financeira, por exemplo. “Eles eram os braços dos criminosos aqui fora. Então eles levavam informações de fora para dentro do presídio e vice-versa”, explicou o delegado durante a apuração.
A “Operação Veritas” foi deflagrada em setembro do ano passado. O diretor-geral da Polícia Penal, Josimar Pires, chegou a explicar que os advogados tentaram levar celulares para presos no presídio de segurança máxima em Planaltina de Goiás, mas foram descobertos e presos na época. Depois, foram liberados pela Justiça.