A juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foi morta na noite de Natal (24/12) a facadas pelo ex-marido, o engenheiro Paulo José Arronenzi. Ele foi preso em flagrante e levado para a delegacia. As três filhas pequenas do casal presenciaram o crime, na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio.
Viviane tinha 45 anos e integrava a magistratura do Rio de Janeiro havia 15 anos. Atualmente, trabalhava na 24ª Vara Cível da capital. Antes, atuara na 16ª Vara de Fazenda Pública.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, é possível escutar os gritos das crianças. Elas pedem para que o pai pare de esfaquear a mãe. Paulo José foi preso em flagrante pela Guarda Municipal do Rio. No local, Viviane foi encontrada caída e dasacordada. O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou que a juíza morreu no local.
Segundo a Polícia Civil, em setembro, Viviane já havia feito um registro de lesão corporal e ameaça contra o ex-marido. Ela chegou a circular com escolta, mas pediu para que a proteção fosse retirada.
Em nota, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) “lamentou profundamente a morte da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, vítima de feminicídio na Barra da Tijuca nesta quinta-feira (24/12)”. Uma equipe do TJ-RJ está no IML (Instituto Médico Legal) nesta manhã para auxiliar parentes na liberação do corpo da juíza. A família não quis comentar o caso.
A presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Renata Gil, manifestou sua indignação e repulsa ao ato criminoso. “Nossa solidariedade aos familiares e amigos da juíza estadual Viviane Arronenzi, assassinada brutalmente, supostamente pelo ex-marido. O feminicídio é o retrato de uma sociedade marcada ainda pela violência de gênero. Precisamos combater este mal”, declarou a magistrada, que presidiu a Amaerj de 2016 a 2019.