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TRT4 se reergue após enchentes e prioriza conciliação e precedentes

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O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), que teve sua sede parcialmente destruída pelas enchentes de abril de 2024 no Rio Grande do Sul, retomou suas atividades e agora enfrenta novos desafios, como o aumento de ações trabalhistas envolvendo terceirização, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Em entrevista, o presidente do tribunal, desembargador Ricardo Martins Costa, detalhou os esforços de reconstrução e as prioridades da corte.

A enchente destruiu o nosso tribunal – não só o TRT4, mas também o Tribunal de Justiça, o Eleitoral e o Militar. Isso paralisou a Justiça“, afirmou Costa. Com a reconstrução da sede e a volta dos julgamentos, o tribunal identificou um crescimento de processos relacionados a:

  • Não pagamento de verbas rescisórias em contratos de terceirização;
  • Doenças ocupacionais e acidentes de trabalho;
  • Precarização das relações laborais.

Quanto maior a terceirização, maior a precarização e o número de acidentes“, destacou o desembargador.

PRECEDENTES

Para agilizar processos repetitivos, o TRT4 pautou três Incidentes de Recurso Repetitivo (IRRs) e dois Incidentes de Arguição de Constitucionalidade (IACs) para maio e junho. Entre os temas em julgamento:

  • Redução de jornada para pais de crianças com autismo (sem corte salarial);
  • Regras para cadastro de estivadores avulsos;
  • Validade de indenizações substitutivas pós-pandemia;
  • Contratação irregular de servidores públicos sem concurso.

CONCILIAÇÃO

O TRT4 tem investido em mediação para evitar greves e resolver conflitos extrajudicialmente. Um dos destaques foi o acordo pré-processual entre o iFood e entregadores, que garantiu:

  • Seguro de vida e acidentes;
  • Proteção previdenciária;
  • Remuneração mínima por tempo de espera.

Não estamos discutindo vínculo empregatício, mas regras mínimas para novas formas de trabalho“, explicou Costa.

Sobre eventuais tensões com o Supremo, o desembargador negou “embate”, mas reconheceu a necessidade de definir competências. Ele citou o aumento de reclamações constitucionais e expressou esperança de que o STF resolva o impasse.

Com informações do JOTA

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