A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (27), uma nova fase da Operação Sisamnes, com o objetivo de aprofundar investigações sobre uma suposta organização criminosa. O grupo é suspeito de ser responsável pelo vazamento sistemático de informações sigilosas oriundas de inquéritos em curso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), impactando diretamente operações da própria PF.
Policiais federais cumprem três mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares, todas autorizadas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). As ações estão sendo realizadas na cidade de Palmas, capital do Tocantins.
A investigação revelou indícios de que informações confidenciais estariam sendo antecipadamente acessadas, articuladas e repassadas a investigados. Há suspeita de envolvimento de agentes públicos, advogados e operadores externos nesse esquema.
Entre os alvos dos mandados de prisão preventiva estão o advogado Antônio Ianowich Filho, o policial civil Marco Augusto Velasco Nascimento Albernaz e o prefeito de Palmas, José Eduardo de Siqueira Campos.
A decisão judicial também autorizou medidas de busca e apreensão contra os investigados, além do afastamento da função pública, a proibição de contato entre eles e a vedação a que deixem o país. O grupo é suspeito de utilizar esses dados sensíveis para proteger aliados, frustrar ações policiais e construir redes de influência.
Em manifestação, a Procuradoria-Geral da República (PGR) posicionou-se favoravelmente em relação às medidas implementadas.