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Caso Paraisópolis: PM diz não ter visto moto em imagens do dia da chacina

jurinews.com.br

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O policial militar Rodrigo Cardoso da Silva afirmou, em depoimento nesta terça-feira (18), que não se recorda de ter visto a motocicleta que teria sido usada para atirar contra agentes no Baile da DZ7, em Paraisópolis. O caso, ocorrido em dezembro de 2019, resultou na morte de nove jovens e segue em fase de audiências para definir se 12 policiais acusados irão a júri popular.

CONTRADIÇÕES E AUSÊNCIA DE SOCORRO

Testemunha indicada por seis dos réus, Silva alegou que foram exibidos diversos vídeos aos policiais, mas não conseguiu identificar o veículo. Segundo a versão dos agentes, um homem na garupa de uma moto teria disparado contra a equipe, provocando a entrada da polícia no baile. Questionado sobre o número de tiros, o PM disse que foram “vários, mas não chegaram a 20”.

O policial também não soube explicar por que não houve atendimento às vítimas. Nenhuma ambulância foi enviada ao local, apesar das críticas de que os agentes identificaram os feridos. A vítima mais jovem do massacre tinha 14 anos.

ACUSAÇÃO CONTESTA VERSÃO DA PM

Relatos de testemunhas indicam que os policiais usaram armas de cano longo e granadas no local. Um relatório da Defensoria Pública de São Paulo aponta que as vítimas foram encurraladas e sufocadas com gás lacrimogêneo, contestando a versão oficial de morte por pisoteamento.

A próxima audiência foi marcada para 6 de maio. A promotora do caso, Luciana Jordão, destacou a importância da imprensa para evitar que o episódio caia no esquecimento.

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