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Zanin autoriza prisão de duas pessoas por atrapalhar investigação em caso de venda de sentenças no STJ

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O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a prisão preventiva de dois investigados no Distrito Federal suspeitos de tentar obstruir a investigação da Polícia Federal (PF) sobre um esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão foi cumprida nesta terça-feira (13), durante a 6ª fase da Operação Sisamnes. Também foi executado um mandado de busca e apreensão.

Como o processo corre em sigilo, os nomes dos presos ainda não foram divulgados.

A nova fase da operação é um desdobramento das medidas autorizadas por Zanin no início da semana, que incluíram o bloqueio de R$ 20 milhões dos investigados, proibição de contato entre os envolvidos e de saída do país, além de buscas em endereços ligados ao grupo e a quebra de sigilos telemáticos, inclusive de dados armazenados em nuvem.

Segundo a PF, há indícios de que os suspeitos tenham utilizado empréstimos fictícios, dívidas forjadas e operações comerciais simuladas para encobrir o pagamento de propinas. A suspeita é de que o grupo tenha recorrido a diversas formas de lavagem de dinheiro, como:

Saques e depósitos em espécie;

Uso de contas de passagem;

Emissão de boletos sem lastro real;

Operações de câmbio paralelo com doleiros.

Os investigadores identificaram movimentações financeiras incompatíveis com os rendimentos oficiais de alguns servidores públicos envolvidos.

O caso ganhou repercussão após reportagem da Revista Veja, que revelou a existência de um suposto esquema de venda de decisões judiciais operando há pelo menos quatro anos em diversas instâncias do Judiciário brasileiro, incluindo o STJ.

As investigações tiveram início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em Mato Grosso. A análise do celular apreendido com ele revelou diálogos que sugerem acesso indevido a decisões e influência em julgamentos. Um dos principais nomes apontados como operador do esquema, Anderson de Oliveira Gonçalves, está preso desde novembro de 2023.

COM INFORMAÇÕES DO JOTA

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