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STF encerra 2024 com menor acervo em três décadas, afirma Barroso

Ministros Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Dias Toffoli durante sessão no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) no inicio do julgamento de três ações sobre o Marco Civil da Internet (MCI), Lei 12.965/14. Estão na pauta os Recursos Extraordinários (RE) 1037396 e 1057258, além da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 403. | Sérgio Lima/Poder360 - 27.nov.2024

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O Supremo Tribunal Federal (STF) realizou nesta quinta-feira (19 ) a última sessão do Ano Judiciário, marcando o encerramento das atividades antes do início do recesso, que começa na sexta-feira (20). O presidente da Corte, Roberto Barroso, fez um balanço das ações do tribunal ao longo de 2024 e apresentou dados que destacam uma redução histórica no acervo de processos, o menor dos últimos 30 anos.

Segundo Barroso, o STF encerra o ano com 20.300 processos em tramitação, mesmo após o recebimento de 80.212 novas ações. Ele destacou que, em comparação com 2023, quando o acervo era de 24.071 processos, houve um progresso significativo, com o tribunal “baixando” 83.000 casos ao longo do ano. Além disso, foram proferidas 114.241 decisões em 2024, das quais 92.805 foram monocráticas e 21.436 colegiadas, um aumento em ambas as modalidades em relação ao ano anterior.

Barroso explicou que o volume elevado de processos impede que todos sejam julgados em plenário, motivo pelo qual muitas decisões acabam sendo monocráticas, especialmente em casos de recursos nos quais o tribunal mantém decisões de instâncias inferiores. Ele também ressaltou que ações de maior relevância, como medidas cautelares em ações constitucionais, continuam sendo julgadas colegiadamente.

O presidente apresentou dados sobre as atividades do Supremo em 2024, incluindo 74 sessões plenárias presenciais, 52 sessões virtuais, 7.714 processos julgados (82 deles presencialmente) e 1.050 audiências realizadas, das quais 70 foram de conciliação em processos cíveis e 980 em criminais. O tribunal reconheceu a repercussão geral em 29 temas e conduziu audiências públicas sobre questões como plataformas de apostas, “uberização” e escolas cívico-militares.

Entre as decisões marcantes do ano, Barroso destacou o julgamento que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal, a definição de que o saldo do FGTS deve ser corrigido pela inflação, a autorização para prisão imediata após condenação pelo júri popular e a homologação do acordo de Mariana.

Com o início do recesso, o STF suspenderá os prazos processuais até o final de janeiro, funcionando em regime de plantão para casos urgentes. Durante o período, seis ministros continuarão atuando. Alexandre de Moraes, André Mendonça, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Cristiano Zanin e Flávio Dino se dedicarão a demandas específicas, como investigações de venda de sentenças e processos ambientais. O plantão será dividido entre o presidente Roberto Barroso e o vice-presidente Edson Fachin, responsáveis por atender as novas demandas que chegarem à Corte.

As atividades do Supremo serão retomadas em fevereiro de 2025, marcando o início do novo ano Judiciário.

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