O edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o uso de grades de proteção nesta quinta-feira (14), em resposta ao atentado com explosivos ocorrido na Praça dos Três Poderes no dia anterior. A decisão foi tomada pela equipe de segurança do Tribunal, buscando reforçar a proteção após o grave incidente.
Na última quarta-feira (13), Francisco Wanderley, identificado como o autor do ataque, tentou entrar no STF portando explosivos. Ao ser impedido pela segurança, ele acionou o dispositivo no local, tirando a própria vida.
As grades, que haviam sido retiradas em fevereiro deste ano em um ato simbólico com a presença de líderes dos Três Poderes, agora voltam a cercar o prédio. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, lamentou a necessidade de reinstalá-las, ressaltando o impacto na recente reabertura da Praça dos Três Poderes ao público.
“Estava muito bonito a praça sem grades, com as pessoas voltando a passear. É uma pena que um ato terrorista como esse impeça que a praça volte a ser do povo como deve ser”, afirmou Barroso.
Após o ataque, Barroso se reuniu com a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, e o secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública, Alexandre Patury. Durante o encontro, foram apresentados relatórios preliminares sobre as investigações e propostas para intensificar a vigilância na região.
Entre as ações avaliadas, destacam-se o uso de câmeras de reconhecimento facial e drones autônomos para monitoramento. Patury reforçou que o protocolo de segurança da Esplanada dos Ministérios é um dos mais rigorosos do país e garantiu esforços adicionais para prevenir novos incidentes.
Apesar da gravidade do ocorrido, Barroso destacou que a segurança do STF impediu danos ainda maiores: “Esse cidadão se explodiu porque não conseguiu entrar. Ele ia se explodir aqui dentro. De modo que a segurança funcionou perfeitamente.”
A nova instalação das barreiras reflete não apenas a necessidade de proteção, mas também o desafio de conciliar segurança e acessibilidade em um dos principais espaços de convivência cívica do Brasil.