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Por unanimidade, CNJ decide aposentar compulsoriamente desembargador acusado de violência doméstica

O desembargador Carlos Roberto Lofego Caníbal — Foto: TJRS/Divulgação

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu por unanimidade pela aposentadoria compulsória do desembargador Carlos Roberto Lofego Canibal, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), por violência doméstica e psicológica contra sua ex-companheira. A pena foi aplicada durante julgamento do Processo Administrativo Disciplinar 0007584-45.2023.2.00.0000.  

O relator do caso, conselheiro Marcello Terto, inicialmente propôs a pena de disponibilidade, mas aderiu ao voto da conselheira Renata Gil, que defendeu a aposentadoria compulsória. Gil destacou que a violência psicológica persistiu durante quase todo o relacionamento e que o desembargador tentou interferir nas provas do processo.  

O presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, classificou a violência doméstica como “uma verdadeira epidemia nacional” e reforçou a necessidade de combater a cultura machista na sociedade.  

O relatório detalhou as agressões cometidas pelo desembargador, incluindo xingamentos, ameaças de internação psiquiátrica, restrição de visitas aos filhos da vítima e abandono em uma boca de fumo. O caso também envolveu a quebra do retrovisor do carro da ex-companheira.  

A decisão do CNJ considerou que a conduta do desembargador violou o Protocolo Para Julgamento com Perspectiva de Gênero da instituição. A pena de aposentadoria compulsória foi aplicada por unanimidade.

Fonte: CNJ

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