O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (8) o pedido do deputado Gustavo Gayer (PL-GO) para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar. A decisão fundamentou-se no fato de Gayer ser investigado em inquérito conexo aos processos que envolvem Bolsonaro, que está proibido de manter contato com outros investigados.
Em sua decisão, Moraes citou a medida cautelar que impede Bolsonaro de comunicar-se com réus ou investigados em ações penais relacionadas, “inclusive por meio de terceiros”. O deputado alegou que a visita teria caráter “institucional e humanitário”, destacando a condição de saúde do ex-presidente e sua posição como presidente de honra do PL. Gayer também se dispôs a cumprir restrições como não registrar ou divulgar o encontro.
Paralelamente, a defesa de Bolsonaro protocolou pedido para que familiares de sua esposa, Michelle Bolsonaro, possam visitá-lo no próximo domingo (10), por ocasião do Dia dos Pais. A lista inclui Martha Seillier, ex-secretária do Programa de Parcerias de Investimentos, e sua filha com o vereador Carlos Bolsonaro.
O ministro já havia estabelecido que visitas de familiares diretos (filhos, noras, netos e cunhados) não requerem autorização prévia do STF. A solicitação envolvendo parentes de Michelle segue em análise.
Esta é a primeira recusa a um pedido de visita desde que Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro na última segunda-feira (4), por descumprimento de decisões judiciais. O ex-presidente responde a processos por suposta tentativa de golpe de Estado e obstrução à Justiça.
Com informações do G1
