English EN Portuguese PT Spanish ES

Juíza Federal usa meme do Homem-Aranha para explicar equívoco em ação de desapropriação; TRF recomenda cautela no visual law

jurinews.com.br

Compartilhe

Uma juíza Federal utilizou o famoso meme do Homem-Aranha para ilustrar um equívoco no envio de ofícios durante a tramitação de uma ação de desapropriação. A decisão, assinada por Karina Dusse, juíza substituta da 1ª Vara Federal de Volta Redonda/RJ, chamou atenção pela abordagem bem-humorada para esclarecer a confusão.

Memes são imagens, vídeos ou textos compartilhados amplamente na internet, geralmente de forma humorística, para representar situações do cotidiano ou transmitir mensagens de forma leve e descontraída. O meme usado pela magistrada, conhecido como “Spider-Man Pointing at Spider-Man”, retrata diferentes versões do herói apontando umas para as outras, simbolizando confusões ou mal-entendidos.

Contexto do Processo

A ação foi ajuizada pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para desapropriar um imóvel destinado às obras do pátio ferroviário Anísio Brás, um projeto considerado essencial para a região.

Em julho de 2024, o juiz titular Marcel da Silva Augusto Corrêa concedeu liminar autorizando a posse provisória do imóvel, destacando que os requisitos legais foram cumpridos e que o valor da indenização, previamente depositado em dezembro de 2019, foi aceito pelos expropriados.

Contudo, devido ao desmembramento da ação, parte do processo passou a tramitar na 3ª Vara Federal, onde um valor de R$ 123.200,00 foi depositado. O ofício deveria solicitar que esta quantia fosse disponibilizada, mas acabou sendo enviado para o local errado, gerando a confusão corrigida pela juíza.

Posicionamento do TRF-2

O episódio levou a Corregedoria do TRF da 2ª Região a emitir um ofício orientando os magistrados sobre o uso cauteloso de expressões informais, referências culturais e ferramentas de visual law. Embora o documento não cite diretamente o uso do meme, alerta sobre a importância de equilibrar clareza e acessibilidade com seriedade e decoro nos atos jurisdicionais.

O caso destaca a busca por uma comunicação mais acessível no Judiciário, mas também levanta discussões sobre os limites do uso de recursos informais no exercício da magistratura.

Deixe um comentário

TV JURINEWS

Apoio

Newsletters JuriNews

As principais notícias e o melhor do nosso conteúdo, direto no seu email.