O ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, negou, nesta quinta-feira (6), qualquer envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro. A declaração foi feita por meio de uma manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde a defesa de Nogueira se posicionou contra a denúncia de participação na trama golpista.
DEFESA ALEGA FALTA DE VÍNCULO COM ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Paulo Sérgio Nogueira foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de apoiar críticas ao sistema eleitoral e instigar a tentativa de golpe, além de ter apresentado uma versão do decreto golpista para angariar apoio entre os comandantes das Forças Armadas. Em sua defesa, os advogados do general afirmaram que ele nunca fez parte de uma organização criminosa nem atuou para instaurar um golpe ou abolir o Estado democrático de direito. A defesa classificou as acusações como “absurdas” e contraditórias com as provas do caso.
O prazo para a entrega das defesas terminou nesta quinta-feira (6), exceto para os generais Braga Netto e Almir Garnier, que têm até sexta-feira (7) para se manifestar sobre a denúncia. Após a entrega das defesas, o STF marcará a data do julgamento.
FUTURO JULGAMENTO NO STF
O julgamento será realizado pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Se a denúncia for aceita pela maioria dos ministros, os acusados, incluindo o ex-presidente Bolsonaro, serão formalmente processados no Supremo. O julgamento pode ocorrer ainda no primeiro semestre de 2025, embora a data ainda não tenha sido definida.