O conselheiro do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, Jason Miller, fez duras críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em publicação feita neste domingo (13.abr.2025) na rede social X (antigo Twitter). No post, Miller classificou o magistrado como “a maior ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental”.
“A maior ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental é o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes — e ele acha isso engraçado”, escreveu Miller ao compartilhar uma entrevista concedida por Moraes ao jornal norte-americano The New Yorker. Na publicação, o conselheiro destacou uma fala em tom de brincadeira atribuída ao ministro: “As pessoas vão começar a dizer que estou perseguindo todo mundo agora”.
A entrevista repercutida por Miller foi publicada recentemente e abordou, entre outros temas, o papel do ministro no combate à desinformação e a sua atuação em inquéritos que envolvem atos antidemocráticos no Brasil.
HISTÓRICO COM A JUSTIÇA BRASILEIRA
Jason Miller, que também é fundador da rede social Gettr, tem histórico de envolvimento com investigações no Brasil. Em 7 de setembro de 2021, ele foi abordado por agentes da Polícia Federal no aeroporto de Brasília, a mando de Alexandre de Moraes, e prestou depoimento no inquérito que apurava a organização de atos antidemocráticos naquele feriado.
A suspeita era de que os atos no Brasil tivessem semelhanças com a invasão do Capitólio dos Estados Unidos, ocorrida em janeiro de 2021. Miller estava no país para participar da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) e, na ocasião, também se encontrou com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
CRÍTICAS ÀS BIG TECHS
Em entrevista concedida ao portal Poder360 em agosto de 2021, Miller afirmou que o então presidente Bolsonaro e seus filhos — Flávio, Eduardo e Carlos — eram vítimas da censura promovida pelas grandes plataformas digitais. “A verdade é que a censura das big techs atinge a todos no mundo. No Brasil não é diferente”, declarou.
O conselheiro também comentou que os usuários demonstram “frustrações reais” com empresas como Twitter e Facebook, principalmente por causa da forma como lidam com a liberdade de expressão.