Uma situação curiosa chamou a atenção no tribunal do júri de Sobral, Ceará, na última segunda-feira (10/02). O advogado João Saldanha entrou na sessão usando uma balaclava, o que surpreendeu os presentes. A estratégia foi utilizada para reforçar a tese de que a identidade do réu não poderia ser confirmada, já que a acusação apontava que o autor do crime estava encapuzado no momento dos fatos.
Segundo informações, a defesa argumentou que, se a única descrição disponível indicava o uso de um capuz, não seria possível afirmar com certeza quem cometeu o crime. O uso da peça no tribunal teve o objetivo de demonstrar a dificuldade de identificação em situações semelhantes.
Após a repercussão, o advogado se manifestou nas redes sociais: “Dr, não julgue sem ter conhecimento de causa. A balaclava usada por mim fazia parte da tese. Eram duas acusações, uma absolvição, e duas qualificadoras derrubadas. Mesmo assim, obrigado pela crítica. Esse cara aí sou eu”.
A tática, que não é inédita, foi aceita pelo tribunal.
