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Zanin afirma a Moro que não descarta atuar em ações da Lava Jato no STF

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Advogado Cristiano Zanin afirma que analisará caso a caso antes de se declarar suspeito ou impedido de julgar processos da Lava Jato

Durante sua sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em relação à sua indicação para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin declarou que fará uma análise individual de cada processo relacionado à Operação Lava Jato antes de decidir se se considera suspeito ou impedido de julgá-los. Essa afirmação foi uma resposta a uma pergunta feita pelo senador Sergio Moro (União-PR).

Zanin afirmou que não acredita que o fato de um processo estar relacionado à “etiqueta da Lava Jato” seja, por si só, motivo suficiente para se considerar automaticamente suspeito. O advogado diferenciou entre os casos em que ele próprio atuou ativamente como advogado da causa, nos quais se declararia impedido, e casos nos quais a suspeição seria mais subjetiva e dependeria da proximidade do ministro com o assunto em questão.

Ele declarou: “Eu não acredito que o simples fato de colocar uma etiqueta, indicar o nome Lava Jato, possa ser um critério do ponto de vista jurídico para aquilatar a suspeição ou o impedimento. […] Sem nenhuma crítica, todos nós sabemos que, no passado recente, quase tudo o que funcionava em varas especializadas recebia a etiqueta de Lava Jato. Então isso não é para mim um critério jurídico, mas sim aquele que a lei prevê, que é analisar as partes e o conteúdo.”

Moro também questionou Zanin sobre a validade de provas ilícitas em processos, fazendo referência à revelação de mensagens entre ele e o ex-procurador Deltan Dallagnol, que foram obtidas por hackers. No entanto, Zanin não se alongou no assunto, já que o STF já julgou essas provas como legais.

Antes de fazer as perguntas, Moro ressaltou que elas não tinham “nenhuma questão pessoal”. O ex-juiz responsável pelos processos da Lava Jato no Paraná afirmou que não estava ali como senador para “falar sobre a Lava Jato” e que faria questionamentos pertinentes a qualquer indicado, independentemente do presidente que tivesse feito a indicação.

Embora Zanin e Moro tenham tido embates tensos em audiências anteriores da Lava Jato, quando o advogado atuava na defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o clima entre os dois durante a sabatina foi cordial.

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