O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes aceitou que o ex-PM Ronnie Lessa tenha reuniões em uma sala reservada com seu advogado, mas manteve a determinação de que a comunicação entre cliente e defesa seja monitorada e gravada. A decisão é desta segunda-feira (19).
Lessa é réu por ter matado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes na noite de 14 de março de 2018 no Rio de Janeiro (RJ). Ele fez uma delação premiada com a Polícia Federal (PF) e entregou os mandantes do crime.
O ex-PM está preso na penitenciária 1 do Complexo de Tremembé desde 20 de junho deste ano, por decisão de Alexandre de Moraes, que também determinou o total monitoramento de Lessa por gravação de áudio.
A determinação de Moraes gerou polêmica e chegou a ser questionada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que defendeu que a decisão fere o direito à intimidade e privacidade, e viola o sigilo profissional.