O empresário e fazendeiro Argino Benin, de Sorriso (MT), ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de habeas corpus para que não seja obrigado a comparecer à CPMI do 8 de Janeiro, na terça-feira, 3.
Ele é acusado de ser um dos financiadores dos atos golpistas que resultaram na invasão dos prédios do Congresso, Planalto e Supremo. “Conhecido no estado do Mato Grosso como ‘pai da soja’, Argino Bedin é um latifundiário sócio de pelo menos nove empresas e teve as contas bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Assim, a convocação do Sr. Argino Bedin é relevante para que esta CPMI possa investigar e coletar informações pertinentes para desvelar os reais responsáveis pelo 8 de Janeiro de 2023”, afirma o requerimento de convocação da comissão.
Para a defesa do “pai da soja”, ele tem o direito a não autoincriminação, de não comparecer ao ato convocatório, de ser assistido por advogado e de não sofrer constrangimento físico ou moral pelo exercício desses direitos. Diante da alegação, o advogado José Eduardo Rangel de Alckmin pede que seu cliente seja desobrigado de estar presente na sessão, ou, se não for possível, que lhe seja garantido o direito ao silêncio.
A solicitação está nas mãos do ministro Dias Toffoli, que deverá decidir nesta segunda-feira.